A 28 de Outubro é celebrado o Dia Mundial da Terceira Idade, um dia que adverte para a situação da população idosa, os responsáveis pela transmissão de valores e conhecimentos às novas gerações.
Como já é de conhecimento comum, e comprovado pelas estatísticas, Portugal caracteriza-se por um acentuado crescimento da população idosa. Desta forma, podemos compreender a importância de promover novos e melhores comportamentos preventivos e medidas curativas.
O envelhecimento é um processo continuo, gradual de alterações naturais que começaram na idade adulta e, consequentemente, muitas funções corporais começam a declinar-se gradualmente. Não existe uma idade específica, não adormecemos adultos e acordamos idosos, embora os 65 anos tenha sido o marco escolhido para demarcar socialmente esta etapa. Ainda que afetando cada um de nós de algum modo diferente, algumas mudanças começam, ainda que de forma indesejável, a fazerem-se notar em todos aqueles que vivem tempo suficiente. São esperadas e geralmente são inevitáveis.
O aumento da esperança média de vida contribuiu para o surgimento de novos problemas associados à terceira idade, e novos desafios no que toca aos cuidados de saúde. Além das doenças que nos idosos possuem características particulares, – como a hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, infecções, obstipação, ou disfunção sexual -, existem outras doenças geriátricas que pela sua prevalência merecem uma atenção especial quanto aos sintomas, diagnóstico e estratégias de prevenção. São também comuns doenças cardiovasculares, Derrames, Pneumonias, Enfizema, Bronquite, Diabetes, Osteoporose, entre outras.
Hoje em dia, já é mais comum ouvirmos falar sobre a importância da promoção da saúde ao longo da vida, para prevenir ou retardar situações de doença ou dependência, e para a “manutenção” de um envelhecimento saudável, que promove a manutenção da saúde física e mental, ajuda a evitar distúrbios e a permanecer ativo e independente, através de hábitos saudáveis como dietas planeadas, exercício físico regular, e manter-se mentalmente ativo. Quanto mais cedo desenvolver estes hábitos, melhor. Entretanto, nunca é tarde para começar. Deste modo, pode ter certo controlo sobre o que acontece consigo à medida que envelhece.
Envelhecer não é o fim da vida, mas sim o início de um novo ciclo.
Não existe o preconceito de “incapaz”, mas a aceitação de que os idosos têm necessidades de acolhimento e compreensão, e liberdade para realizar os seus desejos e viverem de forma plena. O envelhecimento ativo, designação atribuída pela Organização Mundial de Saúde, parte do princípio que a idade não deve excluir um individuo da sociedade, e que devem ser promovidas oportunidades para a saúde, participação e segurança desta parcela da população, de forma a melhorar a sua qualidade de vida. Podemos comparar o envelhecimento ativo a um “processo”, que contribui não só para a prevenção e controlo de doenças relacionadas com a idade, mas que também envolve a divulgação de comportamentos saudáveis, produtividade, participação social e exercitação física e mental.

Hábitos para aumentar a sua qualidade de vida
De forma a “manipular” o efeito natural dos anos de forma saudável, muitos recorrem a alternativas mais nocivas, e mais fáceis do que seguir uma dieta sem açúcares ou correr 4 vezes por semana. O uso abusivo de fármacos e o processo de dependência química entre os representantes da terceira idade é uma realidade séria e assustadora, que começa com o remédio para a pressão, depois para a circulação, e quando dá conta as estantes da sua casa estão lotadas de caixas e frascos, cujos efeitos secundários são impossíveis de rastear. Há cada vez mais uma proximidade entre a dose de remédios considerada terapêutica e o limiar do tóxico.
As complicações que advêm desse abuso estão incluídas entre os principais problemas de saúde nos idosos.
Através da Medicina Tradicional Chinesa, por meio da Acupuntura, é possível beneficiar todos os órgãos, sem sobrecarga e danos, regulando e fortalecendo o físico e o emocional, ajudando os representantes da terceira idade a terem uma vida saudável, sem a dependência dos medicamentos que curam um órgão e prejudicam outros. Além de reduzir o problema de dores articulares, fortalece a imunidade, ajuda no controlo da hipertensão.
As práticas da Medicina Oriental já mostraram os seus benefícios no tratamento destas condições tão típicas. Concretamente, nesta visão holística, não existe uma separação entre o físico e o mental. Neste caso, em casos de depressão, a doença psiquiátrica mais comum e um dos principais problemas de saúde no mundo desenvolvido, os mecanismos de ação da Acupuntura envolvem a libertação e estimulação de elementos envolvidos na sensação de bem-estar físico e emocional (Sprott 1998). Também em casos de Parkinson, esta libertação de substâncias influenciam uma grande variedade de funções cerebrais, ligadas aos processos envolvidos na memória e na prevenção do envelhecimento das células nervosas.
Na área da prevenção, a Medicina Chinesa ajuda a eliminar fatores e comportamentos de risco (tabaco, obesidade, HTA, colesterol elevado), como precaução para AVC, e ainda na recuperação de sequelas do mesmo, possuindo ainda uma multiplicidade de técnicas específicas para o alívio da dor, as quais foram aperfeiçoadas ao longo de milhares de anos de aplicação clínica, que contribuem eventualmente para o bem-estar e longevidade.